A próxima cimeira da União Europeia, a 12 de fevereiro, vai centrar-se no esforço de combate ao terrorismo, na sequência do ataque islamita ao semanário satírico francês, disse Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu.
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"Pretendo aproveitar a reunião a 12 de fevereiro para discutir de forma ampla a resposta que a União Europeia pode trazer para estes desafios", depois dos "ataques bárbaros em Paris", disse Donald Tusk em Riga.
Três homens vestidos de preto, encapuzados e armados atacaram na manhã de quarta-feira a sede do jornal "Charlie Hebdo", no centro de Paris, provocando 12 mortos (10 vítimas mortais entre jornalistas e cartoonistas e dois polícias) e 11 feridos, quatro dos quais em estado grave.
Um dos alegados autores, Hamyd Mourad, de 18 anos, já se entregou às autoridades e os outros dois suspeitos, os irmãos Said Kouachi e Cherif Kouachi, de 32 e 34 anos, estão a monte.
Entre as vítimas do ataque estão os cartunistas Stéphane "Charb" Charbonnier, 47 anos e diretor da publicação, Jean "Cabu" Cabut, 76 anos, Georges Wolinksi, 80 anos, e Verlhac "Tignous" Bernard, 58 anos.
Criado em 1992 pelo escritor e jornalista François Cavanna, o semanário "Charlie Hebdo" tornou-se conhecido em 2006 quando decidiu voltar a publicar cartunes do profeta Maomé, inicialmente publicados no diário dinamarquês "Jyllands-Posten" e que provocaram forte polémica em vários países muçulmanos.