Comprometido com o "pacto de agressão" e empenhado em fazer viver o atual Governo até 2015, o PS procura capitalizar algum descontentamento e opta por fazer coro com o mais básico populismo, a redução do número de deputados, "cedendo à demagogia política do antiparlamento, do antipartidos e do antipolíticos, desviando a atenção da política brutal que está em curso", acusou Jerónimo de Sousa, na abertura das Jornadas Parlamentares do PCP.
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"Com isto [o PS] procura demagogicamente beber nas ideias de que os políticos e os partidos são todos iguais e ao mesmo tempo conseguir um velho objetivo: garantir para o PS e para o PSD um sistema eleitoral blindado que lhes permita ter sempre o poder absoluto e eliminar ou reduzir a ínfima representação de quem se lhes opõe, como o PCP", declarou Jerónimo de Sousa.
A este propósito, Bernardino Soares, líder da bancada parlamentar, sublinhou mesmo que, se avançassem as propostas de diminuição do número de deputados, "características do populismo de Direita que o PS agora adotou, [o distrito de] Beja deixaria de ter os já escassos três deputados que o representam na Assembleia da República, para provavelmente passar a não ter nenhum".
"Trata-se, no fundo, de tentar disfarçar a sua falta de real alternativa à política de Direita, com o mais básico populismo demagógico", frisou o presidente da bancada parlamentar do PCP.