O PS recusou, este sábado, comentar "reintrepretações mediáticas" do ministro adjunto sobre a entrevista do primeiro-ministro, considerando que as declarações de Miguel Relvas "em nada desmentem" as palavras de Passos Coelho.
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"Aquilo que o ministro Relvas disse em nada desmente o que são as afirmações, que são graves, do primeiro-ministro", afirmou o secretário-nacional socialista, João Ribeiro, numa declaração aos jornalistas na sede do partido, em que reafirmou que Passos Coelho admitiu que Portugal não conseguirá atingir o objetivo de regressar aos mercados em setembro de 2013.
O ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, reagiu às críticas da oposição sobre a entrevista que o primeiro-ministro deu a um jornal alemão, onde admite que Portugal pode não regressar aos mercados em 2013, garantindo que em "circunstâncias normais" o país regressará aos mercados a 23 de setembro de 2013.
Escusando-se a comentar "reinterpretações do ministro Relvas", o secretário-nacional do PS insistiu que na entrevista publicada no "Die Welt", "o primeiro-ministro admite que não conseguirá alcançar o objetivo a que se propôs" e em nome do qual "propôs muitos sacrifícios aos portugueses, que sistematicamente reitera como sendo o melhor caminho".
"O que estas declarações revelam e o que é inédito nestas declarações é que o Governo admite que não vai conseguir atingir os seus objetivos de regressar aos mercados em 2013 e isso tem fundamentado muitos dos sacrifícios que são pedidos aos portugueses", acrescentou João Ribeiro.