O PSD desmentiu "categoricamente" que assessores do Presidente da República tenham colaborado na elaboração do programa eleitoral social-democrata.
Corpo do artigo
"Eu aqui desminto categoricamente. Só quem esteja habituado a fazer esse tipo de confusões é que pode lançar acusações desse género", afirmou o vice-presidente do PSD, José Pedro Aguiar Branco, quando questionado sobre se algum assessor da Presidência da República colaborou na elaboração do programa eleitoral social-democrata.
Sublinhando que o PSD é "diferente" e sabe "distinguir totalmente as funções", Aguiar Branco reiterou que o programa eleitoral do partido teve como redactor principal Paulo Mota Pinto e foi elaborado com base em contributos recolhidos no Fórum Portugal Verdade, bem como contributos do Instituto Sá Carneiro, do gabinete de estudos.
Aguiar Branco lembrou ainda que ele próprio também participou na elaboração do programa, considerando que é, por isso, conhecedor da "verdade toda".
"E essa verdade toda é a de desmentir categoricamente que essa situação tenha ocorrido. Só consigo compreender essas acusações para quem esteja habituado a fazer esse tipo de confusões, nós não estamos", insistiu Aguiar Branco, que falava aos jornalistas num intervalo de um encontro da líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, com os cabeças-de-lista social-democratas às eleições legislativas, que decorre na sede do partido, em Lisboa.
O jornal "Público" noticia que "a Presidência da República teme estar a ser vigiada" e que se instalou a dúvida "se os serviços da Presidência da República estão sob escuta e se os assessores de Cavaco Silva estão a ser vigiados".
"Este clima instalou-se depois de a perplexidade ter atingido aqueles que trabalham com o Presidente da República, quando tomaram conhecimento das declarações, ao Público dos dirigentes do PS José Junqueiro e Vitalino Canas, denunciando que havia assessores de Cavaco Silva a participarem na elaboração do programa do PSD", revela o jornal.