Presidente da comissão de inquérito ao "caso TVI" cancelou a reunião da próxima quarta-feira para apresentação do relatório e convocou os coordenadores para analisar nesse os resumos de escutas pedidos pelo PSD.
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A reunião de coordenadores convocada para quarta-feira de manhã fará, à porta fechada, "o ponto da situação" após a chegada, quinta-feira ao fim do dia, dos documentos pedidos pelo PSD à Comarca do Baixo Vouga, disse o presidente da comissão de inquérito, Mota Amaral.
Os documentos deverão conter resumos e transcrições de conversas telefónicas a Paulo Penedos e a Armando Vara, e foram enviados na sequência de um pedido do PSD.
A reunião de hoje, sexta-feira, que foi desconvocada, tinha na agenda a apresentação e discussão do projecto de relatório a elaborar pelo deputado do BE João Semedo, que alertou quinta-feira que o prazo era curto.
O deputado do PSD Agostinho Branquinho também defendeu não fazer sentido a entrega do relatório antes da audição ao presidente da Prisa, Manuel Polanco, marcada para dia 14.
Mota Amaral disse ontem, quinta-feira, que os documentos pedidos pelo PSD à Comarca do Baixo Vouga chegaram ao fim do dia "em envelope fechado" e com "reserva de confidencialidade", e que só seria aberto "quando regressasse ao Parlamento na próxima semana".
Só na próxima quarta-feira se decidirá a forma de acesso dos deputados aos documentos, que têm "reserva de confidencialidade", acrescentou.
O requerimento apresentado pelo PSD no passado dia 22 de Abril solicitava o envio à comissão dos "resumos e transcrições com relevância atento o objecto do inquérito".
No requerimento, os sociais democratas destacam que na carta que enviou à comissão, na sequência de um primeiro pedido de documentos, o juízo de instrução criminal de Aveiro refere expressamente não ter dúvidas "em afirmar que o `caso TVI´ apenas se percebe com a análise de tais produtos", referindo-se ao conteúdo das conversações telefónicas ao ex-quadro do BCP Armando Vara e ao ex-assessor jurídico da PT Paulo Penedos.