O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, começou a sua audição na comissão parlamentar de inquérito a criticar o deputado João Semedo, do BE, por “acusar primeiro e perguntar depois”.
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“É falsa a acusação de que eu disporia de informação privilegiada”, no dia 25 de Junho de 2009, sobre o fim do negócio entre a PT e a Prisa para aquisição de parte de capital da empresa proprietária da TVI, a Media Capital, assegurou aos deputados.
A seguir, o ministro apresentou o vídeo das suas declarações no final do conselho de ministros de dia 25 de Junho, com o qual pretendeu demonstrar que nunca disse ter informações de que o negócio da PT/TVI fora abandonado.
E concluiu que a atitude de João Semedo “foi um acto falhado, um erro, uma acusação ligeira e infundada que não credibilizam o trabalho desta comissão”.
Silva Pereira acusou ainda João Semedo de “manipulação” de declarações, mas o deputado bloquista manteve “a informação/pergunta” por estranhar que à hora a que falou o ministro no tal dia 25 os intervenientes no negócio ainda não tinha dito publicamente que a compra não se confirmava.
Perante a insistência do deputado, Silva Pereira deixou o sublinhado: “Pode dar as voltas que quiser mas eu sou muito cuidadoso nas palavras que escolho”.
Foi o deputado do BE João Semedo que, na passada sexta-feira, anunciou que iria requerer a presença de Pedro Silva Pereira na comissão, por considerar que o ministro "dispunha à data de 25 de Junho de informação privilegiada sobre as negociações".