O comandante-geral da GNR, tenente-general Luís Newton, salientou este sábado que a reestruturação retirou capacidade operacional a esta força militar de segurança e salientou o carácter "imperioso" de mudar.
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As consequências trazidas com o fim da Brigada de Trânsito e da Brigada Fiscal são as mudanças que o general melhor identifica, sendo a primeira vez que um comandante da guarda oficialmente critica a reestruturação.
Luís Newton prestou estas declarações durante o discurso que marcou as comemorações do centenário da GNR, que decorreram em Lisboa, presididas pelo Presidente da República, Cavaco Silva, e onde esteve também presente o primeiro-ministro, José Sócrates.
O comandante-geral da GNR frisou no seu discurso que "decorridos dois anos sobre a implementação das alterações à sua estrutura orgânica, impõe-se identificar e avaliar os pressupostos que vieram condicionar e retirar capacidade operacional à guarda."
Para o general Newton, os maiores problemas centram-se no trânsito, propondo, "uma visão mais centralizada da missão de segurança rodoviária e de vigilância da rede viária fundamental" e "a revalorização da missão fiscal".