<p>O ministro da Economia apelou hoje, quarta-feira, para que o PSD defina o sentido de voto do Orçamento do Estado, afirmando que o "tabu" que o partido mantém sobre este assunto "está a sair muito caro" a Portugal.</p>
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"Aquilo que o PSD acabou por fazer foi aquilo que vem fazendo ao longo das últimas semanas: manter um tabu mais uns dias relativamente à sua posição acerca da aprovação do Orçamento do Estado", afirmou Vieira da Silva, em declarações aos jornalistas no Parlamento, depois de os sociais democratas terem adiado a decisão sobre o sentido de voto do documento.
"O que é necessário é que o PSD defina, de uma vez por todas, a sua posição e não prolongue este tabu", disse o ministro, acrescentando que "este tabu já está a sair muito caro a Portugal e aos portugueses".
O governante afirmou que "o custo de prolongar esta definição é excessivo e inaceitável para a economia portuguesa".
Vieira da Silva disse que o Governo "nunca teve uma posição de inflexibilidade" nas negociações com o PSD para a viabilização da proposta de Orçamento do Estado para 2011 e acusou os sociais democratas de fazerem um "mero aproveitamento político de uma situação que é difícil e que exige de todos um maior sentido de responsabilidade".
O ministro disse ainda que o Governo não rompeu as negociações com o PSD e nunca assumiu qualquer posição irredutível. "Nunca houve da nossa parte nem nenhum rompimento de negociações, nem nenhuma posição irredutível", afirmou, acrescentando que o Governo é "verdadeiramente irredutível" no cumprimento da meta do défice de 4,6 por cento em 2011.
"Portugal precisa de um Orçamento do Estado, precisa deste Orçamento do Estado", apelou o ministro.
O secretário geral do PSD apelou hoje ao Governo para que reconsidere as propostas dos sociais democratas de alteração ao Orçamento do Estado para 2011, pedindo uma resposta até à véspera da sua votação na generalidade.
A votação na generalidade está marcada para a próxima quarta feira, dia 03 de Novembro, enquanto a votação final global está prevista para 26 de Novembro.
Esta manhã, as negociações entre PSD e Governo para alterar a proposta de Orçamento com vista à sua viabilização terminaram em ruptura.