UGT: Não podemos exigir mais sacrifícios aos portugueses que os apontados pela 'troika'
O secretário-geral da UGT, João Proença, considerou, esta quarta-feira, que Portugal não pode exigir mais sacrifícios aos portugueses que os apontados pela 'troika' internacional no acordo de ajuda externa firmado com o país.
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"Seria acrescentar crise à crise", considerou João Proença, em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, sobre a cimeira europeia de quinta e sexta-feira.
A UGT, disse o responsável, reforçou junto de Paulo Portas a necessidade de haver governação económica "lado a lado com uma governação social", tendo ainda abordado a questão da Grécia.
"Se a situação grega se agravar, Portugal será a primeira vítima", apontou o sindicalista, rejeitando a hipótese de Portugal não pagar a sua dívida externa, mas deixando em aberto a hipótese de eventuais acertos no pagamento da respetiva dívida.
"Não pagar o que devemos seria um desastre total para o país", disse João Proença, reforçando a necessidade de uma concertação social com "muito diálogo" de modo a evitar contestação social como a que se vem verificando na Grécia.
A UGT foi a primeira central sindical a ser recebida de tarde pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.