Instalada numa casa centenária que está na família de Henrique Guerreiro desde o seu bisavô, a pensão-restaurante Tia Bia abriu portas vai para 18 anos. O espaço é simples e acolhedor, com loiças penduradas nas paredes e azulejos pintados à mão, que evocam elementos da cultura local.
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Mas não é a decoração que nos leva lá. "Há pratos que nascem com a casa e com ela hão de morrer", explica Henrique, o proprietário. É o caso das migas de porco e do javali estufado, ou do coelho na abóbora, este apenas por encomenda.
As receitas também são legado familiar, embora sujeitas a algumas alterações, e levam ingredientes de produtores locais. Em jeito de sobremesa, há torta de alfarroba, tarte de amêndoa e migas doces.
Tudo coisas boas que, segundo Henrique, têm contribuído para garantir uma clientela fiel. Clientes que o tratam pelo nome e vice-versa. Os desconhecidos que vão aparecendo por acaso são convidados sem cerimónias a provar os sabores da região. "Aqui as noites são bem passadas, na companhia do medronho, figo e amêndoa", conclui.