Sabe o leitor se os preços que lhe são cobrados nas caixas dos supermercados correspondem, de facto, ao que está marcado na prateleira ou nos cartazes das promoções?
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Ou seja, tem o hábito de conferir os talões de compras? Uma organização espanhola de defesa do consumidor visitou, durante três semanas, mais de 100 super e hipermercados e concluiu que, em 15% dos casos analisados, os comerciantes cobravam mais. E os erros podem significar um gasto médio de mais 10 euros por mês para os consumidores.
Quantos são os consumidores que têm o hábito de inspecionar a fatura do hipermercado após as compras? Nas contas da organização espanhola FUCI - Federação de Utentes Consumidores Independentes -, apenas cerca de 10% o fazem habitualmente.
Na realidade, os consumidores acreditam que os preços que lhes são cobrados na caixa registadora correspondem àqueles que viu junto dos produtos, nas prateleiras. Mas, na realidade, nem sempre assim acontece. E o consumidor acaba por pagar mais uns euros do que, na realidade, deveria ter pago.
Assim, durante três semanas, em dezembro e janeiro último, a FUCI decidiu fazer um estudo junto de mais de 100 super e hipermercados. O objetivo era ver de que forma as ofertas feitas pelos comerciantes nos folhetos correspondiam, de facto, àquilo que era cobrado aos clientes.
No final do estudo, concluíram que em 15% dos casos os clientes acabavam por pagar mais do que aquilo que tinha sido publicitado como oferta.
Gustavo Samayoa, presidente da FUCI, recomenda aos consumidores que adquiram o hábito de conferir as faturas de forma a comprovar que pagaram realmente os preços publicitados.
Por outro lado, aquele responsável alerta os consumidores para que vejam bem qual o produto que está com oferta. E isto porque, muitas vezes, numa determinada marca, apenas um produto está em oferta e outros, com embalagens muito semelhantes, continuam ao preço normal. Neste caso, recomenda mesmo que os clientes se façam acompanhar do folheto publicitário, para verem bem qual o produto que está em oferta.
Gustavo Samayoa chama igualmente a atenção para os produtos em promoção que estejam limitados a um determinado número de unidades ou que estejam à venda "até ao final do stock". Trata-se de uma técnica de marketing que chama o consumidor, sem garantir a existência do produto em promoção.
A FUCI considera, mesmo, que no caso de produtos em promoção que não estejam limitados ao stock existente, o consumidor tem todo o direito de fazer uma reserva ao preço marcado na dita oferta, caso já não estejam à venda, já que está a adquirir no momento em que a promoção é feita pelo comerciante.