Inquérito ao provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde. Aos 84 anos, gere uma casa que apoia diariamente mais de 1200 pessoas. Todos os dias, faz quilómetros na instituição e gere quase todos os dossiês. Em setembro, volta para abrir a nova Unidade de Cuidados Continuados.
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Neste ano, tem dinheiro para férias?
Sim. Tenciono ir uns dias para fora. Em 1974/75/76, fiz férias em Portugal e fui muito maltratado. Desde então, passei a fazer férias no estrangeiro, o que não quer dizer que não goste de Portugal, mas neste ano vou até ao Sul de Espanha.
O que não vai deixar de fazer?
Cozinhar, passear, apanhar sol - gosto muito do mar -, viver a sonhar, andar a pé. Gosto de andar a pé sozinho nas férias. As grandes decisões da Santa Casa foram tomadas nas férias quando eu estava só. Olhe, por exemplo, a intenção de avançar com a unidade de fisioterapia foi tomada numas férias em Andorra. As férias são para renascer e para refletir, não para morrer.
Convença-me a passar férias em Vila do Conde.
Temos uma gente fantástica, temos um clima muito bom e, depois, a disposição dos jardins, das ruas, o sossego de uma cidade pequena e, claro, a sua parte histórica. Vila do Conde tem monumentos muito bonitos e uma bela zona histórica.
Vive em movimento constante e todos os dias visita todas as valências. Consegue "desligar" nas férias?
Vou para fora, por isso é que consigo. Durante 15 dias, desligo mesmo. Depois, volto com alegria, pronto para continuar a trabalhar e a apoiar as pessoas e, como alguém disse, a "sonhar realizando".
Já pensa em férias "definitivas"?
Não, isso é o maior disparate que pode haver. Termos a felicidade de fazer o que gostamos é a melhor coisa que há e eu, felizmente, tenho.