Inquérito a Manuel José, treinador de futebol. São muitos os momentos de glória de Manuel José. A atribuição da medalha de ouro de Espinho é um dos que destaca. Está preocupado com o futuro de referências do concelho, como o Sporting de Espinho, onde foi jogador e treinador.
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Neste ano, tem dinheiro para férias?
Tenho, mas todos os anos as despesas são as mesmas. Fico reunido com a família em casa e faço praia.
O que não vai deixar de fazer?
Ir para a praia todos os dias e jogar à bola com um amigo, porque é algo que me dá um prazer muito grande há 45 anos. Vou também colocar a leitura em dia e vou à pesca.
Convença-me a passar férias em Espinho.
Tem uma costa bastante grande, com praias muito atrativas. É uma cidade muito acolhedora, onde se pode ir a todos os lados a pé, com ótimos restaurantes e com o casino.
Qual é o segredo mais bem guardado da cidade?
A beleza natural. Os ótimos restaurantes à beira-mar, numa terra de peixe sempre fresco, que é uma especialidade a não perder.
Como vê o atual estado do Sporting de Espinho?
Está votado ao abandono. O estádio está numa degradação que é uma dor de alma. O voleibol em grandes dificuldades financeiras. Vejo o futuro com muita preocupação e tristeza. Politizaram durante muito tempo o clube e acabaram por dar cabo dele. Afastaram as pessoas que o engrandeceram. Não vejo um futuro digno.
E o seu futuro? Está sem equipa para treinar.
Estive para ser selecionador da Costa do Marfim. Estava tudo acertado, mas, de repente, contrataram um treinador francês, que foi ganhar menos de metade do que eu ia ganhar. Vou aguardar, mas, dentro de meses, irei trabalhar novamente, mas para fora do país.