São quase quatro da tarde e continuamos à mesa na Tasca do Petrol, em Marmelete, Monchique. Ao contrário da Tasquinha do Lagar, ainda relativamente desconhecida dos turistas e imprensa especializada, esta já se tornou morada obrigatória.
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"Qual é a revista desta vez?", brinca Osvaldo Nunes. É um dos três donos, juntamente com os irmãos Pedro e Noélia. Não se pense que os preços dispararam - a casa continua aberta a toda a gente, o ambiente mantém-se familiar e a comida é feita no forno a lenha, como sempre.
A fama, essa, foi tudo menos obra do acaso. "Estamos abertos há quase dez anos. Começámos por fazer uns frangos, mas ninguém nos ligava. Até que começámos a cozinhar como a minha mãe nos ensinou", explica Noélia.
Agora, custa sair. Culpa da banha vermelha com picos de carne, do fígado de cebolada, do pernil no forno, da faceira (bochecha) estufada ou do cozido de couve à Monchique. Pratos onde a modernidade não entra. "Nesta casa, não há panelas de pressão." Meia verdade, afinal: "Por acaso, tenho uma, mas nem sequer sei da tampa".