Nuno Camarneiro nasceu na Figueira da Foz há 37 anos e reparte-se entre as ciências e as letras. É investigador na área da Física na Universidade de Aveiro e docente na Portucalense. Com "Debaixo de algum céu", venceu o Prémio LeYa.
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Este ano tem dinheiro para férias?
Mais do que dinheiro consegui ter tempo. Entre os projetos literários, as aulas na faculdade e a atividade de investigação nem sempre é fácil arranjar algumas semanas para fugir de tudo.
O que não vai deixar de fazer?
Ir à praia, ler, ver filmes, cozinhar e comer muito peixe. Tudo o mais há de acontecer sem que faça planos, um dos grandes prazeres das férias.
Convença-me a passar férias na Figueira da Foz.
A Figueira está cheia de gente interessante, praias extensas, muitos concertos e bons restaurantes e bares onde todos os empregados falam Português.
Qual é o segredo mais bem guardado da Figueira?
Posso contar, mas que não saia daqui: as praias do Cabo Mondego, as salinas do outro lado do rio, a Casa Havanesa, a decoração do salão de jogos do casino, a raia de pitau, a saída do Bergantim, já de madrugada, com a praia tão perto e a cama ainda longe.
Qual o seu livro de cabeceira deste verão?
No verão, a cabeceira não chega para todos os livros, aqui ficam alguns: "What technology wants", de Kevin Kelly, "Esaú e Jacó", de Machado de Assis, "Groto Sato", da Raquel Nobre Guerra, e "The faith of the faithless", de Simon Critchley.
Já está a preparar um novo livro?
Estou a preparar um livro de contos e tenho mais alguns projetos. Só saberei do que tratam depois de os ter concluído.