É um mergulho na história da pesca do bacalhau, que começa ainda com os peixes vivos. O aquário de bacalhaus do Museu Marítimo de Ílhavo (MMI) tem dezenas de peixes vindos da Noruega, que nadam em 120 metros cúbicos de água, à vista de todos.
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Mas esta é apenas uma parte da história. No interior, o museu possui uma vasta coleção de instrumentos náuticos antigos e até um iate bacalhoeiro com pilhas de dóris (pequenas embarcações para pesca individual), ancorado numa sala, com os mastros erguidos, à espera de sair para a pesca à linha nos mares da Terra Nova e Gronelândia, conhecida como "faina maior".
Com 77 anos de vida, a celebrar no próximo dia 8, o MMI reúne diversas coleções e arquivos onde estão preservadas as identidades e memórias dos pescadores que enfrentaram o frio no limiar da sobrevivência, para trazer para terras lusas o que viria a ser o prato nacional e um fiel amigo.
Mas a visita poderia ter começado logo no exterior. O edifício de arquitetura moderna que alberga o MMI venceu o prémio AICA/MC 2002 da Associação Internacional dos Críticos de Arte do Ministério da Cultura e esteve nomeado para outros prémios arquitetónicos. Os vários corpos que o compõem são ligados por linhas de água, ajudando a recriar o ambiente.
Se quiser zarpar para outras viagens, pode ir até ao jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré, onde o navio-museu Santo André, pólo do MMI, acaba de contar a história.