Dizem que as palavras bem escolhidas ajudam a descrever a beleza de um lugar e a facilitar a tarefa de quem, à boca das urnas, ainda não sabe o que fazer com meia dúzia de dias livres para ociosidades.
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Despretensioso, mas, ainda assim, ligeiramente arisco, este texto tem uma guia de transporte até ao cimo da montanha mais alta de Portugal continental. (Não podemos esquecer que a mais alta mesmo é a do Pico). Além da zona da Torre, que ganha a todos os recantos quando a neve cai, há um lugar entre Gouveia e Manteigas a que dificilmente se resiste e que, no entanto, é menos conhecido.
Chama-se Vale do Rossim e tem uma paisagem de cortar a respiração. Rodeada, em parte, por vegetação, a lagoa formada, à força, por uma barragem tem uma água tão cristalina que chama por cada um dos turistas. Para um simples mergulho ou para uma das inúmeras atividades possíveis durante o verão.
O restaurante e a esplanada de apoio obrigam a uma bebida fresca ou à experimentação da gastronomia típica da região e até o alojamento pode ser diferente. O parque de campismo, além das tendas convencionais e das autocaravanas, tem uma dezena de "yurts", que mais não são do que réplicas das tendas da Mongólia com capacidade para quatro pessoas cada um. É uma proposta única em Portugal, que tanto pode ser experimentada durante o inverno num cenário de neve como agora, com sol, temperaturas elevadas e boas sombras. É o parque natural da serra da Estrela no seu melhor.