O homem acusado de há um ano ter alvejado quatro militares em S. Miguel de Acha, em Idanha-a-Nova, foi libertado por ter sido ultrapassado o prazo da prisão preventiva.
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Como medida coação alternativa, o homem passa a estar obrigado a apresentar-se bissemanalmente nas autoridades da área de residência, confirmou à agência Lusa o Tribunal de Idanha-a-Nova.
O despacho do juiz foi emitido, na quinta-feira ao final da tarde, e tem como base o Código de Processo Penal, que prevê que em crimes com molduras penais superiores a oito anos de cadeia, e em processos que tenha sido requerida a instrução, o prazo para a manutenção da prisão preventiva se extingue ao fim de dez meses.
O arguido está em prisão preventiva desde o dia 27 de novembro do ano passado.
O homem foi acusado de quatro crimes de homicídio qualificado na forma tentada, posse de arma proibida e resistência à autoridade. Depois de ter sido deduzido o despacho de pronúncia requereu a abertura de instrução, estando o debate instrutório marcado para a próxima quinta-feira.
Os crimes ocorreram na noite de 24 de novembro do ano passado, depois de, e de acordo com informações prestadas na ocasião pela GNR, ter sido interveniente num choque entre dois veículos numa das ruas estreitas do centro da povoação, junto à Igreja Matriz.
O homem recusou-se a fazer o teste de alcoolemia e, depois de uma primeira fuga, voltou ao local numa motorizada, sem capacete e armado com uma caçadeira, abrindo fogo sobre os militares da GNR.
Voltou a fugir, mais foi capturado e presente a tribunal.
Os quatro militares que ficaram feridos necessitaram de tratamento hospitalar.