Andoni Zengotitabengoa Fernandez, alegado membro da ETA que está a ser julgado em Caldas da Rainha, abandonou esta quarta-feira o tribunal ao som de vivas e palavras de apoio de um grupo de familiares, amigos e apoiantes da causa basca.
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O grupo de cerca de 30 pessoas, que terça e quarta-feira assistiu pacificamente e em silêncio às duas primeiras sessões do julgamento de Andoni Fernandez, gritou no final de sessão 'vivas' ao arguido que respondeu à manifestação de apoio, levantando o braço com o punho fechado.
Andoni Fernandez abandonou o tribunal às 18 horas, pela porta traseira do edifício, escoltado por elementos do Grupo de Intervenção de Segurança Prisional Prisional (GISP).
Após a saída do arguido e do público da sala de audiência, o grupo de apoiantes concentrou-se nas traseiras do tribunal onde, até à partida de Andoni, na carrinha prisional, entoou palavras de ordem e cânticos bascos.
Pela primeira vez, o grupo, que integra a mãe e a companheira de Andoni, ostentou bandeiras com inscrições em basco exortando a que "presos e exilados regressem a casa", explicou um dos elementos.
Andoni Zengotitabengoa Fernandez, de 32 anos, foi identificado como um dos dois alegados membros da ETA que moraram numa vivenda, no concelho de Óbidos, onde foram encontrados 1500 quilos de explosivos.
Acusado pelo Ministério Público (MP) de dois crimes de furto qualificado, nove crimes de falsificação e um crime de detenção de arma proibida, todos com vista à prática de terrorismo, e ainda um crime de resistência e coacção sobre funcionário, começou a ser julgado na terça-feira no tribunal de Caldas da Rainha.
O alegado militante da ETA - uma organização considerada terrorista pelas autoridades espanholas e que defende a independência do País Basco - encontra-se detido preventivamente no Estabelecimento Prisional de Monsanto, em Lisboa, considerado de alta segurança.