Cinco militares dos postos de Ferreira do Alentejo e de Aljustrel foram agredidos e deram entrada no Serviço de Urgência do Hospital de Beja, na sequência da intervenção numa festa "rave" ilegal, que decorria desde sexta-feira, na barragem de Odivelas, concelho de Ferreira do Alentejo. Festa motivou protestos de turistas e um abaixo-assinado.
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De acordo com fonte do hospital, os militares, com idades entre os 28 e os 48 anos, deram entrada "com ferimentos ligeiros, não inspirando cuidados extremos", mas ficaram internados para "exames complementares.
Fonte do Comando Geral da GNR avançou que os seus homens foram agredidos quando intervinham, em conjunto com a Sociedade Portuguesa de Autores, "no sentido de saberem se a festa tinha as licenças obrigatórias por lei". A operação foi realizada após "uma queixa apresentada pelos proprietários do parque de campismo Markádia", porque os clientes se sentiram incomodados com o barulho.
A apreensão por parte da GNR de diverso material, como cabos e mesas de mistura, originaram "à resposta violenta dos participantes na festa", disse fonte dos Bombeiros de Ferreira do Alentejo, que transportaram os feridos para o Hospital de Beja.
Protesto e abaixo-assinado
"Tínhamos uma boa ocupação, mas vários clientes partiram logo esta manhã e recebemos tantas queixas que chegámos a fazer um abaixo-assinado de protesto, que reuniu 50 assinaturas", disse um responsável do parque de campismo Markádia, em declarações à agência Lusa.
Segundo o mesmo funcionário, na quinta-feira, nas imediações da barragem, "começaram a aparecer as primeiras pessoas" para a "rave", que terá sido "convocada pela Internet".
"Na sexta-feira, já eram milhares de pessoas junto à barragem, maioritariamente estrangeiros, e, ao final da tarde, ligaram o som e começaram a transmitir música sem parar, com um volume altíssimo, que se ouvia até em aldeias vizinhas", relatou.
Só este sábado, por volta das 17.00 horas e "após 24 horas ininterruptas de música, é que o som foi desligado", graças à intervenção da GNR.
"Obviamente que, na última noite, devido ao volume da música, ninguém aqui dormiu, nem os ocupantes dos apartamentos, nem os que estavam em tendas de campismo", queixou-se o responsável.
* Com Agência Lusa