As escutas telefónicas que envolvem o ex-primeiro-ministro José Sócrates e Armando Vara, ex-ministro socialista e arguido no processo Face Oculta, vão ser destruídas.
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Raul Cordeiro, o juiz que preside ao julgamento do processo Face Oculta, anunciou, esta terça-feira, que os cinco produtos de voz e as 26 mensagens escritas vão ser destruídos, "oportunamente", tal como tinha sido ordenado pelo presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha Nascimento e validado, depois, pelo Tribunal Constitucional.
Já na semana passada, também Carlos Filipe, procurador do Ministério Público, tinha pedido a destruição das escutas entre Sócrates e Vara. Contudo, a decisão do juiz ficou pendente, alegando que tinha que se deslocar ao Tribunal de Ovar - onde as escutas estão guardadas no cofre, em envelope lacrado - para poder "analisar" os produtos.
O despacho de Raul Cordeiro surge na sequência de um requerimento de Paulo Penedos, arguido no processo, que questionou o tribunal acerca do paradeiro dessas escutas, demonstrando interesse em ter acesso às mesmas. As escutas telefónicas em questão são cópias das originais, que escaparam à ordem inicial de destruição.