Na investigação da PJ do Porto, foi apurado que Bruno "Pidá" trabalhava, pela empresa de segurança "Charon", nos cinemas do Arrábida Shopping, em Gaia, recebendo 595 euros mensais e mais 150 euros, por um serviço de segurança ilegal no "Bowling" do mesmo centro comercial.
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Apesar disso - e de a companheira declarar rendimentos anuais (em 2007) de pouco mais de seis mil euros, sendo sócia de um solário -, conseguia andar de BMW 530 D, que declarou ter comprado na Alemanha por 35 mil euros. Viria a vender esta viatura por 40 mil euros e, em troca, comprou um Mercedes A170. No conjunto, em 2007, declararam ganhar 13 mil euros. Aquando de uma busca, foram apreendidos 1500 euros em notas.
Estranheza aos investigadores despertou o facto de a mãe de "Pidá", vendedora ambulante de meias e roupa interior, apresentar na conta bancária saldos médios de 30 mil euros e deter aplicações financeiras de 50 mil euros.
Quanto aos restantes arguidos, a PJ detectou que vários deles nunca existiram para as Finanças ou Segurança Social. Todavia, conduziam carros de luxo, entre Mercedes, BMW e Audi. Vários negócios foram efectuados, em dinheiro, com um mesmo stand.
Outros arguidos que efectuavam declarações ao Fisco e à Segurança Social trabalhavam para empresas de transportes, segurança, cofragens, de distribuição e edição vídeos ou de trabalho temporário, declarando rendimentos anuais de montante pouco expressivo. A um deles (Beckham) foram apreendidos 20 mil euros em notas, que disse serem poupanças de cinco anos.