O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional indicou, esta terça-feira, que vai iniciar na quinta-feira uma greve durante os turnos da noite e ao fim de semana, devido à "falta de resposta" do Ministério da Justiça.
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A greve, que se prolonga até seis de junho, vai realizar-se entre as 19:00 e as 08:00 horas, durante a semana, e aos fins de semana tem a duração de 24 horas, disse o presidente do sindicato, Jorge Alves.
O sindicato vai realizar também, na quarta-feira, entre as 10:30 e as 15 horas, uma vigília junto ao Ministério da Justiça.
Em causa está a integração dos guardas prisionais nas novas tabelas remuneratórias, a fusão dos dois suplementos no vencimento, o pagamento de subsídio de turno, escalas de serviço e considerar a profissão de risco e de desgaste rápido, adiantou Jorge Alves.
O presidente do sindicato afirmou que foi decidido avançar com a vigília e com a greve devido "à falta de resposta do Ministério da Justiça a essas cinco questões", estando muitas delas previstas no estatuto profissional dos guardas prisionais, que entrou em vigor em fevereiro.
A integração dos guardas prisionais nas novas tabelas remuneratórias, à semelhança do que aconteceu na PSP, e o pagamento do subsídio de turno são duas das questões que estão previstas no estatuto, disse o sindicalista, acrescentando que, em janeiro, o sindicato teve duas reuniões no Ministério da Justiça para apresentar as reivindicações.
"Como até agora não obtivemos resposta do Ministério da Justiça, quer das reuniões, quer dos ofícios enviados, e com atitude da Direção-Geral da Reinserção e Serviços Prisionais na aplicação de escalas de trabalho sem negociar com as estruturas representativas, decidimos avançar com esta vigília e com a realização de períodos de greve até ao dia seis de junho", disse.
Jorge Alves explicou que os guardas prisionais querem que a profissão seja considerada de risco e de desgaste rápido devido à rotatividade dos serviços e ao aumento do número de reclusos, que são cada vez mais jovens e violentos.
Segundo o sindicato, a greve vai afetar sobretudo as visitas aos reclusos durante os fins de semana, além das várias diligências que são feitas durante a noite.
Dados da Direção-Geral da Reinserção e Serviços Prisionais indicam que o número de reclusos nas prisões portuguesas era, a um de abril, de 14.425.