Iniciativa da Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal e a Escola de Engenharia da Universidade do Minho.
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"O projecto passa por adaptar a tecnologia existente à joalharia para responder à insegurança que é um dos maiores problemas da ourivesaria", explicou Fátima Santos, secretária-geral da Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal (AORP).
Em declarações à Agência Lusa, Fátima Santos acrescentou que "a tecnologia vai ser desenvolvida à escala de um anel", com o objectivo de dissuadir os assaltos, permitindo também a localização das peças em caso de roubo.
A responsável da AORP prevê que, em 2010, o chip esteja em fase de teste num número reduzido de empresas. Se houver sucesso, em 2011 pode estar a ser utilizado pelos industriais e retalhistas de ourivesaria e relojoaria, prevê.
Segundo Fátima Santos, o custo da utilização do chip será reduzido uma vez que decorre da adaptação da tecnologia já existente no mercado, como a que se tem falado recentemente para aplicação nos automóveis.
Em simultâneo, a AORP tem abertas as candidaturas ao programa "Ourivesaria em Segurança", que prevê o apoio em 45 por cento em equipamentos físicos para reforçar a segurança em espaços industriais e de retalho.
"O Sistema de Incentivos à Qualificação de PME prevê apoios no investimento feito em cofres, alarmes, sistemas de vídeo-vigilância e de localização de viaturas", segundo a secretária-geral da AORP.
Neste momento, o projecto conta já com a inscrição de cerca de 30 associados sobretudo do Norte, o que comprova "as falhas do sector".
De acordo com a associação, desde o início do ano houve mais de 30 assaltos a ourivesarias, dos quais, pelo menos, 20 ocorreram na região Norte, mas o ano mais dramático foi o de 2006/07.