A Polícia Judiciária apreendeu mais de 18 milhões de cigarros contrabandeados, num montante estimado em quatro milhões de euros e que correspondia a uma tributação de impostos a rondar os três milhões de euros.
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Em comunicado, divulgado esta terça-feira, a PJ refere que a operação foi realizada pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC), no âmbito de um inquérito no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.
Fonte da PJ precisou à agência Lusa que todo o tabaco foi apreendido, "há cerca de três/quatro meses, no Porto de Lisboa, em dois contentores".
Foi confiscada uma primeira carga, com nove milhões de cigarros, e uma segunda, com 9211190 cigarros.
A operação, segundo a mesma fonte, foi desenvolvida em Portugal, mas começou com autoridades espanholas e envolveu igualmente autoridades belgas e francesas, que também apreenderam tabaco.
O contrabando "era feito por uma rede internacional e organizada, que envolvia quatro países comunitários, com maior protagonismo em Espanha ainda que haja portugueses implicados", disse.
"Estamos a falar de um investimento de 100 mil euros para um lucro de um milhão de euros, pelo que só podemos estar a lidar com uma rede internacional", frisou.
A fonte da PJ indicou que um dos principais envolvidos está preso em Espanha dado que estaria implicado também em tráfico de droga.
Os cigarros apreendidos eram das marcas Richman e LS Blue, havendo "enormes probabilidades de terem como destino o mercado britânico já que toda a rotulagem e advertências para a saúde estava escrita em língua inglesa".
Segundo a fonte da UNCC, o tabaco provinha da Jordânia, "o que não significa que fosse produzido nesse país", e estava "dissimulado em "tapadeiras` de silica em pó".
A operação foi realizada pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC), no âmbito de um inquérito no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.