A Polícia Judiciária anunciou hoje, sexta-feira, que deteve na região da Grande Lisboa mais um suspeito do grupo que se dedicava a assaltos à mão armada em hipermercados e ourivesarias.
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De acordo com um comunicado daPolícia Judiciária (PJ), a detenção do suspeito, um homem de 26 anos e desempregado, aconteceu no âmbito da operação "Mosqueteiros" e após uma busca domiciliária.
Além da detenção, foram apreendidos "uma arma proibida, droga, material informático e telecomunicações" que permitem à PJ associar o suspeito aos assaltos à mão armada ocorridos.
O suspeito foi presente a tribunal para primeiro interrogatório judicial, tendo ficado em prisão preventiva, a medida de coação aplicada pelo juiz de instrução criminal.
No início do mês, outros oito suspeitos do grupo já tinham sido detidos pela PJ, que revelou na ocasião que o grupo é, presumivelmente, responsável por vários assaltos à mão armada, entre eles a supermercados situados em Coimbra, Miranda do Corvo, Condeixa-a-Nova, Montemor-o-Velho, Pombal, Viseu e Tomar, e a ourivesarias situadas em Coimbra, Carregal do Sal, Moimenta da Beira e Santa Comba Dão".
"Na prática desses crimes, os assaltantes utilizavam veículos furtados ou roubados, com violência, aos quais aplicavam matrículas falsas. Actuavam encapuzados, fortemente armados, e penetravam nos estabelecimentos com grande aparato", é referido ainda.
Uma fonte policial disse na altura à agência Lusa que um dos oito arguidos foi agente da Polícia Judiciária, de cujos quadros está afastado há muitos anos, tendo assumido "uma participação [no crime] mais ao nível da receptação".
A mesma fonte adiantou que nos sete roubos perpetrados nos hipermercados, os assaltantes entravam nos estabelecimentos à hora do fecho, quando lá se encontravam os últimos clientes a fazer as compras, neutralizavam os seguranças, ordenavam às pessoas para se deitarem no chão e encaminhavam os funcionários para a zona do cofre, obrigando-os a abri-lo.
Estes assaltos "renderam" mais de um milhão de euros e sucederam em lojas das cadeias do Intermarché e Lidl, uma destas localizada em Coimbra, em que roubaram o carro a uma mulher pelo método de "carjacking", referiu ainda.
A mesma fonte disse no início do mês que nas últimas décadas apareceram poucos grupos na zona Centro com "o grau de violência" que este aplicou, sobretudo nos hipermercados.