A Polícia Judiciária anunciou a detenção de quatro indivíduos suspeitos de importação e falsificação de peças de joalharia, ourivesaria e relojoaria, e a apreensão de centenas de objectos, avaliados em cinco milhões de euros.
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"Aos arguidos e a outros suspeitos de envolvimento será imputável a prática de crimes de associação criminosa, burla qualificada, falsificação de notação técnica, usura agravada, contrabando qualificado e de circulação, fraude fiscal qualificada e detenção de arma proibida", explicou a Polícia Judiciária (PJ) em comunicado.
A operação "Pelicano Branco" foi desenvolvida desde "há uns meses" pela directoria do Norte da PJ e visa a "desarticulação de um grupo de indivíduos presumivelmente envolvidos na importação e falsificação, à margem dos normativos aduaneiros e fiscais, a partir do Oriente, designadamente do Dubai", refere aquela polícia.
A falsificação era feita "com o uso de punções falsos e ludibriando a contrastaria" e as peças "eram introduzidas nos circuitos comerciais como jóias antigas e usadas".
A operação "concertada de buscas a residências e estabelecimentos em várias zonas do país" contou com a colaboração de efectivos da PJ de Braga, Coimbra, Leiria e Lisboa e de funcionários da contrastaria".
O resultado, para além da detenção de três comerciantes (dois de 70 e um de 45 anos) e um jurista (52 anos), foi a apreensão de "centenas de peças" de joalharia, relojoaria e ourivesaria, de "pinturas e estatuária e de cinco armas de fogo proibidas, sendo que o valor comercial dos artigos apreendidos ascenderá aos cinco milhões de euros".
Os detidos vão ser presentes a interrogatório judicial para aplicação das medidas de coacção tidas por adequadas.