Quase 100 pessoas já foram detidas por furto de azeitona no distrito de Portalegre, desde novembro passado, no âmbito de uma operação da GNR que permitiu apreender mais de 17 toneladas daquele produto.
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O capitão João Janeiro, do Comando Territorial de Portalegre da GNR, indicou hoje à agência Lusa que, durante o mesmo tipo de operação em igual período de 2010/2011, os militares efetuaram apenas "três detenções".
"Existe uma grande diferença no número de detenções quando comparado com o do ano passado", sublinhou.
Na atual campanha, acrescentou o oficial, "a azeitona aumentou muito de preço", o que "leva a que seja mais apetecível e rentável roubar, porque em duas horas é possível arranjar, para vender, 90 euros em azeitona".
Desde o dia 05 de novembro do ano passado, data em que arrancou a operação "Colheita de Azeitona - 2012", que termina no final deste mês, a GNR efetuou "94 detenções em flagrante delito".
Além disso, ainda relacionadas com o furto de azeitona, outras 12 pessoas foram identificadas e constituídas arguidas.
"Até ao momento já apreendemos cerca de 17,6 toneladas de azeitona", revelou.
De acordo com o oficial da GNR, os homens são a maioria dos detidos, cujas idades variam entre os 19 e os 56 anos.
A "grande maioria" dos detidos, mais precisamente 89 pessoas, tem nacionalidade portuguesa, acrescentou, referindo ainda que os suspeitos residem sobretudo nos concelhos alentejanos de Elvas, Campo Maior, Monforte e Avis.
"A maioria dos detidos reside em Elvas, Campo Maior, Monforte e Avis", acrescentou.
Desde novembro, a GNR registou 18 furtos de azeitona no distrito, tendo a maior parte deles ocorrido nos concelhos de Elvas, Campo Maior e Ponte de Sor.
O capitão João Janeiro acrescentou que "não é possível" quantificar, nesta altura, o valor dos danos provocados por estes roubos.
"Uma oliveira que é destruída, no próximo ano não produz, além de que o prejuízo é mais avultado nas que são partidas e naquelas que têm rega e que são também destruídas. Por isso, só lá para o mês de maio é que vai ser possível quantificar os danos", declarou.