Estudantes do Ensino Secundário do Porto juntaram-se, esta quarta-feira, para protestar contra os "cortes absurdos" que estão a ser feitos e as políticas governamentais que dizem estar a deixar as escolas em situações precárias e os alunos sem dinheiro para a alimentação e material escolar. Veja o vídeo.
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Durante a manifestação, que partiu da estação do metro da Trindade, marcada para as 09.00 horas mas que começou por volta das 11.00 horas, rumo à Direção Regional de Educação do Norte (DREN), os alunos gritaram palavras de ordem como "investimento nas escolas, não podem ser esmolas" e "não, não, não aos cortes na educação".
Segundo uma das organizadoras da manifestação, Beatriz Mendes, aluna da Academia de Música Costa Cabral, cerca de nove escolas do distrito do Porto e 15 associações de estudantes da zona juntaram-se para lutar contra "os cortes na educação e contra todos os cortes orçamentais que estão a prejudicar a educação e a vida dos estudantes e das suas famílias".
Escolas degradadas, falta de dinheiro para material escolar, alimentação e os custos dos transportes são alguns dos motivos que trouxeram dezenas de alunos às ruas do Porto.
A polícia escoltou a manifestação até à DREN, onde os alunos gritaram mais algumas palavras de ordem e Beatriz Mendes discursou sobre o estado em que o ensino está atualmente devido às medidas governamentais.
A fraca adesão ao protesto, no Porto, deveu-se, disse Beatriz Mendes, à pouca disponibilidade dos alunos, pois alguns encontram-se em fase de testes e avaliações.
Um outro participante neste protesto, que admitiu não frequentar o Ensino Secundário, embora esteja "a fazer exames", considerou que a fraca adesão deveu-se "aos muitos entraves à manifestação" que existem, uma vez que "a maioria dos alunos diz estar de acordo com as razões do protesto".
Estudantes do Ensino Básico e Secundário de todo o país saíram, esta quarta-feira, à rua para contestar as políticas governamentais que dizem estar a deixar as escolas sem professores nem auxiliares e os alunos sem dinheiro para comprar manuais ou refeições.
A manifestação, que decorreu em escolas de norte a sul do país, insere-se numa iniciativa intitulada o "Dia Nacional de Luta dos Estudantes do Básico e Secundário".