O apelo à dádiva de sangue teve uma resposta positiva na sexta-feira, anunciou o Instituto Português do Sangue, sem quantificar o sangue recolhido.
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O apelo foi lançado na quinta-feira devido a uma quebra abrupta no número de colheitas diárias.
Na quinta-feira, o presidente do Instituto Português do Sangue e o secretário de Estado adjunto da Saúde reconheceram que as reservas de sangue estavam à beira de esgotar: o 'stock' para os grupos sanguíneos A e O negativos não chegam para mais de dois a três dias e as reservas para os outros grupos não ultrapassam os dez dias.
Em comunicado divulgado na sexta-feira, o Instituto Português do Sangue refere, sem quantificar, que neste dia acompanhou as colheitas de sangue e, comparando-as com as de quinta-feira, "as indicações apontam para uma resposta positiva".
O organismo ressalva que, "apesar destes sinais positivos", o "trabalho desenvolvido deve ser aprofundado, no sentido de esclarecer todos os dadores e retomar a normalidade das colheitas".
Na quinta-feira, o secretário de Estado adjunto da Saúde, Leal da Costa, admitiu, em conferência de imprensa, uma quebra de cerca de 20 por cento das dádivas de sangue nesse dia e na quarta-feira, apelando aos portugueses para que continuem a dar sangue.
Leal da Costa atribuiu a diminuição das dádivas à ideia falsa de que Portugal estava a desperdiçar sangue, depois de notícias de que o país estava a 'deitar fora' plasma (componente do sangue).
Na mesma conferência de imprensa, o presidente do Instituto Português do Sangue, Hélder Trindade, assegurou que há plasma "que chegue para as necessidades" e que o mesmo "é um excedentário".
O Bloco de Esquerda já requereu a audição parlamentar, com carácter de urgência, de Hélder Trindade, para esclarecer o que esteve na origem da quebra nas colheitas, que quase esgotaram as reservas, e saber que medidas vão ser adoptadas.