Quinze novas infeções por legionela foram reportadas, desde as 15.00 horas de sexta-feira e as 13.00 horas desta segunda-feira, elevando para 331 o número de casos verificados desde o dia 7, informou a autoridade de saúde.
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Em comunicado enviado cerca das 18.00 horas, a Direção-Geral da Saúde (DGS) refere que 322 infetados pela bactéria foram internados em Lisboa e Vale do Tejo, três no Norte, cinco no Centro e um no Algarve.
O novo balanço da DGS mantém os oito mortos reportados no domingo, tratando-se de seis homens e duas mulheres entre os 52 e os 89 anos.
A taxa de letalidade estimada até ao momento é de 2,4%, segundo a mesma nota, dirigida em conjunto pela DGS, Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.
Dos doentes internados em diferentes hospitais, 85 da região de Lisboa e Vale do Tejo já tiveram alta clínica, bem como um da região Norte e um do Algarve.
O comunicado assinala que as análises feitas pelo Instituto Ricardo Jorge, desde sexta-feira, "apontam para uma forte associação em relação aos dados provisórios que tinham sido previamente anunciados, nomeadamente no que respeita às amostras de água colhidas em torres de arrefecimento e ao agente bacteriano presente nas secreções brônquicas de doentes confirmados".
De acordo com a autoridade de saúde, "uma vez que o surto está, tudo indica, sob controlo, o próximo comunicado será emitido de acordo com a evolução epidemiológica da situação".
Os primeiros casos diagnosticados do surto de legionela surgiram no concelho de Vila Franca de Xira, a 7 de novembro.
A doença do legionário, provocada pela bactéria "Legionella pneumophila", contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.