O número de dadores de sangue para doação de medula óssea aumentou dez vezes no centro de recolha de Lisboa desde a passada quarta-feira, após o apelo do jogador Carlos Martins, cujo filho precisa de um dador compatível.
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"O Centro Nacional de Dadores de Células de Medula Óssea, Estaminais ou de Sangue do Cordão (CEDACE) registou um aumento exponencial de pessoas que chegam a esta unidade e se oferecerem para "ajudar o filho do Carlos Martins", disse à Lusa fonte daquele banco de recolha.
Actualmente, o número de dadores situa-se entre os 200 e os 300 por dia e antes do apelo recebia apenas 20 a 30 pessoas por dia.
Os dadores têm de dar uma amostra de sangue que é posteriormente analisada para averiguar se a medula é compatível com algum dos doentes que aguardam por um transplante.
Neste banco, os dadores não escolhem quais os receptores, mas um funcionário do Centro revelou à Lusa que são muitos os dadores que chegam com a disposição de ajudar o Gustavo, o filho de três anos de Carlos Martins.
O jogador revelou, na passada terça-feira, que o filho precisa urgentemente de um dador de medula óssea compatível e fê-lo no final da vitória da selecção nacional de futebol frente à Bósnia.
Os dadores podem inscrever-se em uma das três unidades do CEDACE que funcionam em Lisboa, Coimbra e no Porto. Depois de doarem o sangue, para análise de compatibilidade, os dadores são informados sempre que o material vai ser usado num doente.
Até hoje estavam estão registados no CEDACE um total de 264767 dadores.