Apenas quatro de 30 roulotes analisadas pela DECO obtiveram uma apreciação globalmente positiva e em mais de metade foram detectados em 'hambúrgueres' e 'cachorros' germes indicadores de falta de higiene.
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Segundo um estudo publicado hoje na revista Proteste, da DECO-Associação para a Defesa do Consumidor, registaram-se também deficientes condições de funcionamento em 15 roulotes.
"É urgente melhorar as práticas de higiene. Garantir uma limpeza correta de utensílios, usar alimentos de qualidade, mantê-los refrigerados quando necessário e cozinhá-los bem são alguns gestos essenciais a cumprir", afirma a DECO, sublinhando, no entanto, que "a saúde dos consumidores não está em risco".
As principais falhas detectadas prendem-se com a higiene pessoal dos funcionários. Nos 30 locais visitados, em menos de metade os trabalhadores vestiam equipamento adequado para manusear alimentos: farda, touca e luvas.
"Alguns funcionários não lavavam as mãos ou os utensílios após manusear alimentos crus, apesar de existir um lavatório na roulote", alerta a DECO.
Por outro lado, acrescenta, a maioria dos funcionários manipulava alimentos e dinheiro também sem lavar as mãos.
Os funcionários não respeitam as regras básicas de higiene, acusa a associação, nem têm o devido cuidado com a conservação dos alimentos.
Quanto a bactérias patogénicas, estavam presentes em 13 das 60 amostras (30 'hambúrgueres' e 30 'cachorros'), mas em teores sem risco para a saúde dos consumidores.
Das 30 roulotes visitadas, 18 situam-se na Grande Lisboa e 12 no Grande Porto.