O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, anunciou, esta quarta-feira, no Algarve, que o patrulhamento da floresta portuguesa contará com um reforço de 200 homens. Esta decisão surge como prevenção a situações de fogo posto.
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O anúncio aconteceu no final da cerimónia de inauguração do novo posto da GNR de Vila do Bispo, no Algarve. Em declarações aos jornalistas, Miguel Macedo revelou que o reforço na patrulha das florestas nacionais será feito com recurso a "mais de duas centenas de elementos das forças de segurança e forças militares".
"Atendendo a algumas das situações mais graves que têm acontecido e à circunstância de, por exemplo, num dos incêndios que ocorreu no distrito de Viseu, ele ter acontecido com oito ignições simultâneas em sítios diferentes, nós demos ordem no sentido de reforço do dispositivo de patrulhamento e fiscalização da floresta portuguesa", esclareceu o ministro da Administração Interna.
Os novos reforços vão trabalhar a par com os dois meios aéreos, que começaram a trabalhar na manhã desta quarta-feira, disponibilizados por Espanha. O objetivo é evitar situações criminosas de fogo posto.
"A par do trabalho que as forças de segurança e a Polícia Judiciária têm desenvolvido ao longo dos últimos tempos e que resultou num total de 29 detenções por fogo posto ao longo deste período, nós queremos evidentemente que este tipo de situações tenham o tratamento em tribunal que merecem", afirmou Miguel Macedo.
A ativação do plano de cooperação no combate a incêndios com Espanha e França foi anunciado na passada terça-feira. Duas aeronaves espanholas estão a prestar auxílio aéreo e espera-se que, até sábado, dois aviões franceses entrem também na equipa de combate aos fogos.
O ministro da Administração Interna disse ainda que era importante haver uma maior fiscalização de todas as entidades competentes para os trabalhos que devem ser feitos antes da época de incêndios, nomeadamente limpezas de áreas florestais e aberturas de acessos.
No que diz respeito ao novo quartel da GNR, inaugurado por Miguel Macedo, em Vila do Bispo, o ministro disse que representa um investimento de cerca de 1,5 milhões e que vem dar à força de segurança melhores condições para exercer a sua atividade. O ministro falou ainda dos atrasos nos pagamentos a militares da GNR, noticiados também esta quarta-feira.
"É verdade, tive essa informação, creio que a GNR já fez um esclarecimento sobre essa matéria, mas a informação que me foi dada é que houve um erro técnico, lamentável evidentemente, mas a situação estaria resolvida amanhã e os militares ficariam com esse problema resolvido", afirmou. O problema resultou de um erro informático de processamento, que obrigou a adiar a efetuação dos pagamentos de quarta para quinta-feira.