Fenprof concorda com avaliação professores de topo mas pede processo especial
A Federação Nacional dos Professores concorda que os professores de topo sejam avaliados mas defende que haja um processo especial quer para quem está em fim de carreira quer para quem já devia lá estar.
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Sublinhando estar de acordo com a avaliação para todos os professores, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, admite que haja "um procedimento diferente, porque se trata de professores com mais anos de serviço".
O sindicalista falava à Lusa na sequência da notícia publicada no jornal "Público", segundo a qual o Ministério da Educação (ME) deixou "cair excepções" e os professores no fim da carreira também vão ser avaliados.
Para Mário Nogueira, "faz todo o sentido que não tenha de ser o procedimento completo de avaliação". No entanto, alerta que "o único critério não pode ser o escalão em que a pessoa se encontra porque, por força dos congelamentos e da transição entre carreiras, há hoje professores com muitos anos de serviço que ainda não estão nesses escalões porque não conseguiram".
"Há que equacionar outros critérios, nomeadamente tempo de serviço e o próprio grau académico que o professor obteve em processos de valorização em que participou", defendeu.
Também contactado pela Lusa, o secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE), João Dias da Silva, afirmou que a proposta do ME vai ser analisada quarta-feira em reunião do secretariado nacional.
Adiantou, contudo, que levanta "algumas objecções", nomeadamente quanto ao "princípio de equidade, de justiça relativa para a aplicação de uma medida daquela natureza".