A diretora do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, apelou à comunidade internacional para que erradique o vírus do ébola sem isolar os países mais afetados pela doença.
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"Estaremos aqui" caso sejam necessários mais recursos para travar o surto em alguns países da África Ocidental, garantiu Christine Lagarde, na conferência de imprensa da assembleia anual do FMI, realizada em Washington.
A instituição já desembolsou, no início do mês, 130 milhões de dólares para assistência financeira de emergência para os países mais afetados pela doença (Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria), que se juntaram aos 400 milhões de dólares prometidos pelo Banco Mundial.
É necessário "isolar o ébola, não os países", sublinhou a presidente do FMI, que na sexta-feira se reuniu com o presidente da Guiné-Conacri, Alpha Condé, para debater a forma como aquele país está a combater o vírus.
O fundamental, agora, segundo Lagarde, é "como deter" o avanço do ébola para que não se estenda ao resto de África.
Um estudo do Banco Mundial, publicado esta semana, apontava pesados efeitos económicos caso a epidemia se expanda a outros países da África Ocidental, e que poderiam ascender a 32 mil milhões de dólares em 2015.
O vírus do ébola já causou a morte de mais de 4 mil pessoas, quase todas concentradas naqueles três países africanos, segundo números da Organização Mundial de Saúde (OMS).