O furacão Gordon perdeu força ao atravessar o Atlântico e passou para a categoria I, a mais baixa da escala Saffir-Simpson, de acordo com os serviços meteorológicos dos Estados Unidos.
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O centro nacional de furacões de Miami, citado pela agência Associated Press, anunciou que o Gordon, o terceiro furacão da temporada, estava a cerca de 360 quilómetros a sudoeste do arquipélago dos Açores às 19:00 de Lisboa (18:00 GMT), quando baixou da categoria I para a categoria II.
De acordo com os especialistas, o furacão, que se formou no sábado, deverá chegar aos Açores na madrugada de segunda-feira com ventos que poderão atingir os 150 quilómetros por hora.
Apesar de ter perdido força, os meteorologistas alertam que o Gordon ainda se manterá como furacão quando passar pelo grupo Oriental dos Açores, prevendo que as ilhas de S. Miguel e Santa Maria sejam as mais atingidas.
"O centro do furacão deverá estar localizado muito próximo da ilha de Santa Maria pelas 06:00 UTC (7:00 em Lisboa) de segunda-feira", revelou hoje o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA).
De acordo com o comunicado, emitido ao início da tarde, "para S. Miguel, a previsão aponta para ventos médios de 90 quilómetros/hora, com rajadas entre 120 e 130 quilómetros/hora".
Em Santa Maria são esperados ventos médios até 130 quilómetros/hora, com rajadas até 160 quilómetros/hora.
Está ainda prevista precipitação intensa, trovoada e agitação marítima forte, com ondas entre 14 e 16 metros.
O Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores recomenda que a população reforce os telhados, portas e janelas e limpe o sistema de drenagem à volta de casa, como medidas de prevenção.
Antes de o furacão atingir os Açores, a população deve ainda guardar todo o equipamento solto em jardins, acautelar os animais e as alfaias agrícolas e ancorar os barcos ou colocá-los numa área mais segura.
Durante a intempérie, a Proteção Civil aconselha a população a manter a calma e acalmar os outros e a seguir as instruções transmitidas pela comunicação social, acrescentando que as pessoas não devem sair de casa, a não ser numa situação de absoluta necessidade, caso se encontrem fora de casa, devem procurar abrigo imediatamente.