O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, elevou a fasquia das negociações sobre alterações climáticas, instando os líderes mundiais a aprovarem em Copenhaga um acordo que, em seis meses, se converta num tratado legalmente vinculativo.
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"O nosso objectivo é chegar a um acordo completo e global que seja convertido em tratado internacional legalmente vinculativo no prazo máximo de seis meses", escreve o primeiro-ministro trabalhista num artigo publicado no diário britânico The Guardian.
"Por vezes surgem na História momentos decisivos", escreve, adiantando: "Para todos nós, o momento decisivo de 2009 tem de ser real".
Mais de 100 chefes de Estado ou de governo, entre os quais Gordon Brown, confirmaram a sua presença na conferência que decorre na capital dinamarquesa a partir de hoje e até 18 de Dezembro.
Gordon Brown afirmou, sábado, ao The Guardian que é necessário que os responsáveis não se deixem "distrair" pelos cépticos que negam a responsabilidade do Homem pelo aquecimento global.
As afirmações de Brown surgem após uma recente controvérsia no país, criada por acusações, segundo as quais cientistas teriam tentado suprimir dados que vão ao encontro da tese do aquecimento global.
Por sua vez, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, defendeu, em entrevista divulgada domingo no diário dinamarquês Berlingske Tidende, que a cimeira de Copenhaga terminará com "um acordo assinado por todos os Estados" membros das Nações Unidas.