A greve dos guardas prisionais terminou este sábado mas já estão marcadas novas ações de luta. A primeira, uma vigília em frente ao Ministério da Justiça e duas novas greves em maio e junho.
Corpo do artigo
"Por força do impasse existente em torno do processo de definição do estatuto profissional dos guardas prisionais, marcámos uma vigília para a próxima quinta-feira (dia 16 de maio) junto ao Ministério da Justiça e dois novos períodos de greve para maio e junho", avançou Jorge Alves, presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP).
O sindicalista especificou a primeira greve vai decorrer entre 21 de maio e 1 de junho e, a segunda, de 3 a 8 de junho.
Sobre a vigília em frente ao Ministério da Justiça, em Lisboa, Jorge Alves diz que entidade sindical espera "uma grande adesão" de guardas prisionais.
Quanto à greve parcial iniciada a 6 de maio e que acabou este sábado, o responsável realçou que "excedeu todas as expectativas". A adesão rondou os 100%, o que prova que "os guardas prisionais disseram presente na altura certa".
O líder sindical explicou que o impasse que se vive em torno do processo da definição do estatuto profissional da classe deve-se, em grande parte parte, "ao clima de ameaça e pressão" imposto pelo ministério tutelado por Paula Teixeira da Cruz.
"O Ministério da Justiça insiste que só negoceia connosco se desconvocarmos a greve", referiu, considerando que "há falta de vontade" da entidade em resolver a questão dentro dos prazos que tinham sido acordados com o SNCGP.
"As negociações deviam ter ficado concluídas em março. Depois, o prazo passou para agosto e, agora, o chefe de gabinete da senhora ministra mandou-nos uma carta a apontar para que a conclusão do processo ocorra no final de setembro. Estamos indignados e receosos que o processo se continue a arrastar", salientou Jorge Alves.
O Ministério da Justiça informou recentemente o sindicato dos guardas prisionais que quer envolver nas negociações a Secretaria de Estado da Administração Pública, o que, no entender de Jorge Alves, poderá comprometer em definitivo os prazos que tinham sido negociados entre o SNCGP e a tutela.