A manifestação deste sábado em Lisboa foi notícia na imprensa venezuelana, que destaca que os portugueses saíram a protestar contra um pacote de medidas "imposto pelo governo de Pedro Passos Coelhos, como parte do programa de austeridade promovido pela troika europeia".
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"Dezenas de milhares de portugueses tomaram Lisboa contra pacote de cortes", diz a Agência Venezuelana de Notícias, que explica que a mobilização "foi convocada pela Confederação de Trabalhadores, organização sindical comunista que congrega quase 700 mil filiados".
Por outro lado precisa que aquela organização está a fazer um apelo a uma greve geral que, a realizar-se, seria "a terceira que enfrentará Passos Coelho desde que assumiu o cargo de primeiro-ministro".
O diário El Universal destaca a "crise na eurozona" e diz que "portugueses voltaram às ruas para protestar contra os cortes lançados pelo governo de centro-direita, que prepara novas medidas para cumprir com os seus compromissos internacionais".
Segundo o El Universal a manifestação foi "uma expressão de um crescente protesto social, a mais importante em Portugal desde que o país obteve, em maio de 2011, uma ajuda de 78.000 milhões de euros da parte da União Europeia, do Fundo Monetário Internacional, a troco de um rigoroso plano de ajustamento".
O mesmo jornal destaca que o défice orçamental português elevou-se a 6,6 por cento PIB, em junho, ficando distante dos 5 por cento da totalidade do ano que Portugal acordou com os credores internacionais.
O diário Panorama diz que "em Portugal voltaram os protestos contra os cortes" gritando "abaixo austeridade". O mesmo jornal precisa que os portugueses estão submetidos a sucessivos planos de austeridade desde 2010.
Segundo o diário El Mundo, "Portugal deve baixar em 2012 o seu défice em 1,8 por cento para cumprir com a troika".