Médicos de família têm papel fundamental na deteção atempada do cancro da próstata
O presidente do Grupo Português Génito-Urinário enalteceu, esta quarta-feira, o papel dos médicos de família na deteção atempada do cancro da próstata, um dos tumores com mais novos casos em Portugal.
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Fernando Calais da Silva, um dos autores de um Livro com Recomendações para o Tratamento do Cancro da Próstata, que será lançado, esta quinta-feira, em Portugal, destacou a importância da deteção atempada deste cancro.
O especialista em urologia recordou que foi graças ao empenho dos profissionais de saúde que se inverteu a percentagem de casos curáveis e com metástases.
Antes, dos doentes que chegavam com cancro na próstata às unidades de tratamento, 30 por cento eram curáveis e 70 por cento apresentavam já metástases.
Hoje em dia, só 30% dos casos é que apresentam já metástases, disse Fernando Calais da Silva.
De acordo com o Registo Oncológico Nacional de 2006, que será apresentado em Lisboa esta quinta-feira, o cancro da próstata é um dos que estão a aumentar em Portugal.
Fernando Calais da Silva sublinha a importância do médico de família na prescrição dos exames (análises ao sangue) que permitem averiguar se o doente tem alguma alteração ao nível da próstata. "São fundamentais", disse.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o cancro da próstata regista 5.000 novos casos por ano em Portugal e é a terceira causa de morte por cancro no homem, a seguir ao cancro do pulmão e do cólon.