As duas estruturas sindicais médicas, que convocaram a greve de dois dias que hoje termina, enviaram, esta quinta-feira de manhã, um pedido de reunião formal ao ministro da Saúde para amanhã, "a ter lugar na hora que haja por conveniente".
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Na missiva, já publicada nos sites do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), as duas estruturas sindicais reiteram a "irrestrita disponibilidade para encetar uma nova fase de diálogo sócio-profissional com o Ministério da Saúde e os credenciados representantes da área das Finanças e da Administração Pública que usualmente acompanham a mesa negocial única", mas apelam a que as próximas reuniões de trabalho sejam encabeçadas pelo ministro da Saúde.
No documento, os sindicatos dizem-se "plenamente cientes da gravidade do momento histórico presente, da urgência em se alcançar a justa resolução do massivo litígio laboral em curso e, sobretudo, de tão nefastas repercussões que resultariam da perpetuação do mesmo, em especial para os doentes", apelando a que se cumpram "as recíprocas vontades publicamente declaradas" para o diálogo.
Ainda ontem, no debate do Estado da Nação, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, voltou a reafirmar a disponibilidade para o diálogo e a negociação com os sindicatos, "desde que a sustentabilidade da proteção à saúde esteja sempre primeiro".
Contactado pelo JN, o Ministério da Saúde disse não ter ainda agendada qualquer reunião com os sindicatos. As duas estruturas darão, pelas 17 horas, uma conferência de imprensa para fazer o balanço da greve, cujas estimativas de adesão são de 95%. Os sindicatos consideram-se "fortalecidos pela resposta dos médicos sindicalizados e não sindicalizados, bem expressa numa adesão à greve historicamente perto dos 95% e reconfortados pelas inúmeras mensagens de compreensão e apoio dos doentes", lê-se no site do SIM.