O ministro da Saúde, Paulo Macedo, anunciou, esta segunda-feira, que será desenvolvido um plano de contingência e uma rede de vigilância nacional para atuar em caso de surgimento de vetores da dengue no território continental.
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Paulo Macedo falava numa conferência de imprensa para fazer o balanço da visita de trabalho que efetuou hoje à Madeira, acompanhado pelo secretário de Estado Leal da Costa, e do diretor-geral da Saúde, Francisco George, para se inteirar do resultado das ações desenvolvidas na região no combate ao mosquito Aedes Aegypti.
Esta espécie é considerada um dos principais vetores da dengue, foi detetada na Madeira em 2005, mas os primeiros casos da doença foram diagnosticados sete anos depois, em outubro, tendo surgido um surto nesta região que afetou até ao momento cerca de duas mil pessoas.
"Também no continente nós queremos desenvolver um plano precisamente de contingência", adiantou Paulo Macedo, realçando que o objetivo é envolver peritos na área de saúde pública para "desenvolver uma rede de vigilância relativamente ao dengue".
O ministro disse que "esta não é uma questão que importa apenas à região" e considerou que existe o interesse de Portugal ter uma rede de vigilância nacional em todo o território, caso seja detetado o surgimento de vetores da doença.
O governante salientou que com base em dados internacionais, nacionais e regionais "não há motivo para haver qualquer tipo de restrições a viajar para a Madeira" por causa deste surto.
"Inclusive, a Madeira é um destino mais seguro que muitos outros que têm o dengue endémico", frisou numa opinião corroborada também pelo secretário de Estado, Leal da Costa, e pelo diretor-geral da Saúde, Francisco George.
Paulo Macedo salientou também ser necessário "ter consciência do muito que foi feito", no combate ao mosquito, sublinhando que ainda "há muito para fazer".
Por isso, destacou que a população precisa de continuar a colaborar na adoção de medidas preventivas de destruição de núcleos de ovos e larvas, apontando que, apesar de se registar uma diminuição da densidade dos mosquitos transmissores do dengue e dos casos de doença na Madeira, vão continuar os planos em curso de combate à sua propagação no arquipélago.
O ministro salientou que neste momento "não há ninguém internado com o dengue" na Madeira e manifestou "o apoio e solidariedade" dos peritos nacionais e internacionais desde o surgimento deste surto de dengue na região, frisando que será adotada a mesma postura "em qualquer outra situação que se possa vir a verificar" neste arquipélago.
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, acompanhado pelo secretário de Estado adjunto, Leal da Costa, e o diretor-geral da Saúde, Francisco George, efetuam hoje uma visita à Madeira, tendo passado pelo porto do Funchal, Aeroporto da Madeira e algumas zonas da freguesia de Santa Luzia, uma das mais problemáticas e o hospital do Funchal.