Ministro diz que redução de professores vai continuar mas não espera contestação
A redução do número de professores contratados para este ano letivo é considerada "inevitável" pelo ministro da Educação, que admite ser um cenário para continuar no futuro imediato e diz que não espera contestações nas ruas.
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Nuno Crato reconhece que muitos candidatos a professores não ficaram colocados nas escolas este ano, mesmo aqueles que já tinham dado aulas, mas lembra que, além de ainda haver 1714 horários por preencher, também há que fazer contratações "para as necessidades transitórias que existam".
Ainda assim, admite, em entrevista publicada no semanário Sol, que a situação é "humanamente preocupante" e alega que "o que se está a passar é o resultado de várias coisas" como "a redução da população escolar, em cerca de 200 mil alunos nos últimos anos (cerca de 14 por cento)".
Um cenário que o ministro acha que se vai manter.
"No futuro imediato, vamos continuar a assistir a necessidades muito limitadas de contratação", afirma, referindo que isso deverá acontecer nesta e na próxima legislatura.
Nuno Crato considera que o sistema é, "em muitos aspetos, muito pouco eficiente e diz que Portugal está "ao nível dos países ricos" em termos de rácio de número de alunos por professor.
O ministro da Educação adianta que o sistema será alvo de uma reavaliação a partir deste mês e que pretende dar uma "vinculação extraordinária a "professores que correspondem a necessidades efetivas dos sistema e não a necessidades transitórias".
Nuno Crato defende também que não vai sofrer contestação nas ruas como aconteceu com a sua antecessora, Maria de Lurdes Rodrigues, porque "existe um entendimento por parte dos professores e por parte dos diretores" de que o ministério está a "trabalhar para melhorar a Educação em Portugal".