O ministro da Educação, Nuno Crato, lamentou esta sexta-feira que tenha sido anunciada uma greve ainda antes de iniciadas as negociações sobre a mobilidade especial dos professores, mas assegurou que o ministério não deixará que os alunos sejam prejudicados.
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"Lamentamos que ainda as negociações não tinham começado e foi imediatamente declarada uma greve e lamentamos que essa greve, ainda por cima, tenha sido declarada de forma a potencialmente criar problemas aos nossos jovens, na altura dos exames", afirmou o ministro da Educação, Nuno Crato, em relação à paralisação marcada pelos professores.
Em causa está um pré-aviso de greve que a Fenprof entrega esta sexta-feira - marcando cinco dias de paralisação às avaliações - 7, 11, 12, 13 e 14 de junho, além de um dia de greve geral a 17 de junho primeiro dia dos exames nacionais do Ensino Secundário - contestando a aplicação da mobilidade especial aos professores.
"Temos esperança que os sindicatos reconsiderem e retirem este pedido de greve", afirmou o ministro garantindo "aos jovens, às famílias e aos professores que também estão preocupados" que, ainda que a paralisação não seja desconvocada "não deixaremos que esta greve vá prejudicar a vida de milhares e milhares de estudantes e professores de todo o país".
Sem explicar como o fará, Nuno Crato acrescentou apenas estar a discutir com os sindicatos a forma de mobilidade especial "se adaptar com as características necessárias e com as melhores condições para os professores".
O ministro confirmou ainda a informação avançada pelo jornal "Público" de que o Governo está a acelerar a aposentação de cerca de seis mil professores e mostrou-se convicto de que "todos os professores do quadro terão lugar nas diversas escolas do país no próximo ano letivo".
Nuno Crato falava em Rio Maior onde esta sexta-feira de manhã inaugurou as novas instalações da Escola Superior de Desporto.