A concessão da RTP1 a privados e o eventual encerramento da RTP2, anunciados por António Borges, permitem ao Governo "reduzir os encargos públicos" com a estação de televisão, garantindo a "propriedade pública", segundo fonte ministerial.
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"O modelo que foi tornado público [na quinta-feira por António Borges] é o modelo que está em cima da mesa e é o modelo que cumpre os objetivos do Governo", disse fonte do gabinete de Miguel Relvas, ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, que tutela a comunicação social, à Lusa.
Os objetivos destas medidas passam por "libertar o Orçamento do Estado dos elevados custos com a RTP, cumprir o serviço público e garantir a propriedade pública da empresa", acrescentou a mesma fonte.
O economista e consultor do Governo António Borges considerou na quinta-feira, em entrevista à TVI, que a possibilidade de concessionar a RTP1 a investidores privados é um cenário "muito atraente", mas assegurou que nada está ainda acordado sobre o futuro da empresa.
António Borges sublinhou que a proposta de concessionar a RTP1 a investidores privados é atraente, porque levaria o canal a "permanecer na propriedade do Estado", sendo a licença entregue a um privado que teria de cumprir as "obrigações de serviço público", recebendo para tal um apoio estatal "bastante inferior" ao atual.
A RTP2 irá "muito provavelmente" fechar, independentemente do cenário a adotar para o futuro da empresa, em razão do seu avultado custo, para reduzidas audiências, prosseguiu o consultor do executivo, na entrevista à TVI.