O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, Manuel Machado, manifestou-se, esta sexta-feira, contra o encerramento "precipitado" de escolas, sublinhando que, independentemente da questão do número de alunos, é necessário ponderar "tudo" o que o fecho envolve.
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"Tudo deve ser ponderado para cada escola. É necessário que cada caso seja analisado, é necessário considerar, além do número de alunos, a distância da nova escola e as condições de alojamento e de transporte", referiu o presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).
A Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares enviou esta semana uma minuta da ata de reordenamento da rede escolar do 1.º ciclo, em que são enumeradas as escolas com menos de 21 alunos que vão fechar, segundo notícia publicada, esta sexta-feira, na Imprensa.
Admitindo desconhecer aquele documento, Manuel Machado disse que a ANMP apoia o encerramento de escolas nos casos em que há soluções alternativas para um ensino de melhor qualidade.
"Não somos fixistas, aceitamos poder colaborar e partilhar esse desafio. Onde estiverem cumpridas as condições para melhoria do serviço de educação, apoiaremos [o encerramento de escolas]. Onde houver precipitação, encerramento precipitado e não preparado, naturalmente que somos contra", afirmou.
O autarca enfatizou "o que custou" construir escolas e dotar o país de uma rede de equipamentos educativos "bastante razoável".
"Agora destruir, custa. Se for para aperfeiçoar, vamos a isso", rematou.
Manuel Machado falava em Barcelos, no final de uma reunião com presidentes de câmara das comunidades intermunicipais do Alto Minho, Ave e Cávado.
Neste encontro, os autarcas estiveram a discutir temas como o Fundo de Apoio Municipal (FAM) e o Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), a evolução dos impostos que constituem receita municipal, a reorganização e encerramento dos serviços do Estado, a privatização da Empresa Geral de Fomento e o novo quadro comunitário de apoio.