A marinha do Equador aprisionou um pesqueiro no interior da reserva marinha das ilhas Galápagos, património natural da Unesco, com uma centena de tubarões azuis no porão.
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O pesqueiro, de bandeira equatoriana e baptizado "Patate" foi capturado no fim de semana pela guarda costeira da armada a 40 milhas (70 quilómetros) da ilha de Pinta, no interior da reserva marinha protegida pelo Estado, revelou o canal Ecuavisa.
O capitão de Puerto Ayora, Washington Tamayo, explicou à Ecuavisa que o barco foi aprisionado pela segunda vez em dez dias e que na primeira vez apenas entrou na reserva marinha sem a devida autorização.
Washington Tamayo assinalou que 40 por cento do total do pescado transportado pelo navio eram tubarões azuis, num total de uma centena de animais, cuja captura está proibida na zona da reserva.
As autoridades deram inicio a um processo judicial contra a tripulação do navio composta por 14 equatorianos e um colombiano e está a avaliar a suspensão definitiva da licença do capitão da embarcação.
Segundo as autoridades locais, a captura do navio é a mais importante efetuada este ano no arquipélago que dista cerca de mil quilómetros do Equador.
O pescado agora aprisionado com o navio deveria ser transaccionado para o mercado asiático onde cada barbatana de tubarão chegar a ser paga entre os 200 e os 400 dólares americanos (entre 149,5 e 299 euros).
Em 1978 a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) declarou como Património Natural da Humanidade as ilhas Galápagos, cujas reservas terrestre e marinha possuem uma biodiversidade muito rica e com espécies únicas no mundo.