O ex-diretor de informação da RTP Nuno Santos considerou, esta quarta-feira, ter sido vítima de um "saneamento político" no caso das imagens não editadas e não emitidas da manifestação de 14 de novembro visionadas pela PSP.
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"Esta dimensão política deste acontecimento não occorre numa fase qualquer. Ocorre num momento muito delicado da RTP, ocorre numa fase de privatização da RTP, que será levada a Conselho de Ministros até ao final do ano", disse Nuno Santos na comissão parlamentar para a Ética, a Cidadania e Comunicação, no âmbito de um requerimento do Bloco de Esquerda, sobre o caso do visionamento das imagens.
Nuno Santos sublinhou ainda estar a falar no "primeiro momento que, em rigor, [tinha] a oportunidade para explicar o que aconteceu" no caso para dizer que "a dimensão política [em torno deste caso] não pode ser ignorada". "O que nós temos aqui é um caso de saneamento político", sublinhou.
Recorde-se que Nuno Santos tem garantido que não autorizou o "visionamento de brutos" e que foi ele que impediu a saída de DVD com imagens gravadas para fora da empresa.
O presidente da RTP Alberto da Ponte afirmou, na terça-feira, que ficou concluído "de forma inequívoca" que o ex-diretor de Informação Nuno Santos sabia do visionamento das imagens dos incidentes de 14 de novembro e que seguiu todo o processo.