Os pescadores da embarcação que naufragou ao largo de Sintra são todos das Caxinas. Apesar de estar registado em Olhão, o barco é também oriundo daquela zona piscatória nortenha. Há um sobrevivente e cinco desaparecidos.
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Um pescador salvou-se, ao nadar até à costa. Foi encontrado por um guarda-noturno, a pedir ajuda à porta de uma casa, às três da madrugada, que deu o alerta para o naufrágio do "Santa Maria dos Anjos".
Ao que o JN apurou, a embarcação, de 14 metros, é das Caxinas, Vila do Conde, e levava a bordo seis pescadores, todos daquela zona piscatória.
Entre os desaparecidos, estão quatro cidadãos portugueses e um ucraniano, todos residentes nas Caxinas. O homem que sobreviveu é também da mesma região piscatória, situada entre Póvoa de Varzim e Vila do Conde.
José Festas, presidente da associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, disse ao JN que os pescadores "são homens experientes", com idades entre 25 e 50 anos.
A embarcação saiu de Peniche entre as 21 e as 22 horas e devia lançar redes na zona de Cascais entre as duas e três horas da madrugada, para a pesca do linguado.
"Até perto da meia-noite, mantiveram contato regular com o armador, sem registo de qualquer problema. O último também foi normal", revelou José Festas.
"Não enconto uma explicação para o acidente. Neste momento, não é possível encontrar uma causa provável", disse José Festas.
Os destroços da embarcação foram encontrados cerca das 7 horas perto da Praia das Maçãs, Sintra, encontrando-se no local várias embarcações de busca e salvamento, disse à Lusa uma fonte da Marinha.
O comandante do Porto de Cascais, Mário Domingues, revelou que parte do casco do barco já foi rebocada para a Corveta "Batista de Andrade" da Marinha, que participa nas buscas, juntamente com um helicóptero EH-101 da Força Aérea Portuguesa e duas embarcações das estações salva-vidas de Cascais e Ericeira em colaboração com a embarcação de pesca "Fruto da União".
Muitos destroços da embarcação deram entretanto à costa e estão espalhados pela praia.